O Lambe-Lambe

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segunda-feira, 27 de abril de 2015

TERESEANDO




CONVENTO DE SANTA TERESA VISTO DA LAPA

 O bairro de Santa Teresa surgiu a partir do convento do mesmo nome, construído entre 1740 e 1750. Foi inicialmente habitado pela classe alta da época, numa das primeiras expansões da cidade para fora do núcleo inicial de povoamento, no Centro da cidade. Surgiram, então, vários casarões e mansões inspirados na arquitetura francesa da época, muitos dos quais estão em pé até hoje. O bairro de Santa Teresa recebeu ao longo de toda sua existência muitos imigrantes europeus.

  




 Por volta de 1850, a região foi intensivamente ocupada pela população que fugia da epidemia de febre amarela na cidade. Por ficar num local mais elevado, a região era menos atingida pela epidemia do que os bairros que a circundavam.




   Em 1872, surgiria o bonde que se tornou o símbolo do bairro, subindo as Ruas Joaquim Murtinho e Almirante Alexandrino. Inicialmente, o bonde era tracionado por muares, depois foi dotado de motores e rede elétrica. Conforme as fotos antigas as cores variaram, eram verde, prata e azul, mas passou a ser pintado de amarelo após reclamações de moradores que diziam que o bonde "sumia" em meio à vegetação do bairro. O bonde vai do bairro ao Centro da cidade em travessia sobre o Aqueduto da Carioca desde 1896, quando fez sua primeira viagem.



PRIMEIRO BONDE A CIRCULAR NA CIDADE
 



Possui uma exclusiva localização, no alto de uma serra entre as zonas Sul e o Centro da cidade do Rio, que promove uma privilegiada vista para essas áreas.









 






O bairro, carinhosamente chamado pelos cariocas de "Santa", é composto de várias escadarias, ladeiras e vielas tortuosas, que o ligam aos bairros vizinhos do Centro, Glória, Laranjeiras, Bairro de Fátima, Cosme Velho, Catumbi, Catete e Rio Comprido. No alto, há uma impressionante vista, além dos acessos para o Parque Nacional da Tijuca e o Corcovado.






O acesso se dá por automóveis, bicicletas, motocicletas, táxis, micro-ônibus, veículos turísticos e a pé. Esperamos que, num futuro bem próximo, que os tradicionais bondes voltem a circular, numa viagem deliciosa através das ruas principais do bairro, pois tal meio de transporte foi interrompido em 2011, após o trágico acidente que matou seis pessoas. O governo estadual, responsável pela operação do mesmo, resolveu paralisar temporariamente a sua circulação, até que fossem feitas obras de modernização do sistema, ora em andamento.



Com o tempo, Santa Teresa perdeu seu status de bairro nobre assim como os demais bairros históricos da zona sul, mas tornou-se, ao longo dos anos, um bairro de interesse cultural e turístico. A facilidade logística e a localização privilegiada do bairro, desde 2009 começou um projeto de revitalização


HELENA E PÁRIS – KEES VAN DONGEN – MUSEU DA CHÁCARA DO CÉU 



SALA DE JANTAR – CASA DE RAYMUNDO CASTRO MAIA – MUSEU DA CHÁCARA DO CÉU


MUSEU DA CHÁCARA DO CÉU – JARDIM

 
                                       MUSEU DA CHÁCARA DO CÉU – CASA DE RAYMUNDO CASTRO MAIA

PARQUE DAS RUÍNAS – CASA DE LAURINDA SANTOS LOBO

                                              PARQUE DAS RUÍNAS – CASA DE LAURINDA SANTOS LOBO



                                  


 CASA DE BENJAMIN CONSTANT - FRENTE




 CASA DE BENJAMIN CONSTANT – LATERAL




CENTRO CULTURAL LAURINDA SANTOS LOBO

 

                                          CENTRO CULTURAL LAURINDA SANTOS LOBO - EXPOSIÇÃO 

 Também há, no bairro, um polo gastronômico, principalmente ao redor do Largo dos Guimarães, área boêmia do bairro. Santa Teresa vem se firmando como uma das principais atrações turísticas do Rio de Janeiro, o que faz com que muitos a considerem como "O Montmartre carioca", devido ao grande número de artistas que possuem ateliê e residem no local.






Para nós, é experiência única caminhar pelo bairro, observando paisagens, casas e detalhes das mesmas. Só agora, aos 65 anos de idade, o redescobrimos e o estamos realmente conhecendo. O fato é que retornamos, de cada caminhada, mudados, repletos da paz e da tranquilidade de suas ruas e ladeiras.















Pensamos em concluir este post com um texto nosso e que expressasse, poeticamente, o que é Santa Teresa.  Mas, houvemos por bem fazê-lo de outra forma, via canção e sua respectiva letra, composta por dois talentosos ex-moradores do bairro: Francis Hime e sua esposa Olívia Hime. Aí vai, portanto, “Santa Teresa”, que, em nosso entender, muito bem fala dos sentires que habitam os que vêm a conhecê-lo.


SANTA TERESA

 Francis Hime – Olívia Hime

Cores da minha infância
Cheiro de Essência
Gosto e vontade
Ruas cortadas
Brilho de um bonde
Trilho de onde vem a saudade.
Pego o bonde e bocejo
Desço a rua e gracejo
Eu me lembro que aqui foi bom.
Tinha tanto moleque
Tinha samba de breque
Tempo faz...
Subo uma ladeira contra o vento
Volto à esquina e encontro o tempo
Já não tem porque correr
E fico ali olhando e vendo, revivendo...
Agora que é hora de ir embora
Tudo o que aqui termina
Só na foto vai ficar.
E na chuva fina
Lama grossa
Minha nossa
Ai que vontade eu tenho de ficar.


CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA OUVIR A CANÇÃO






                                                                         PARQUE DAS RUÍNAS À NOITE






Texto de Nilton Maia e da Wikipedia
Fotos de Estela Siqueira e Nilton Maia (Créditos nas fotos)

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6 comentários:

  1. Espetacular! Fotos maravilhosas. Parabéns!

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    1. Cara Arilza,

      Muito obrigado pela visita ao blog e pelas palavras elogiosas.

      Um grande abraço,

      Nilton

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  2. Respostas
    1. Queridos Amigos Darci e Antonio,

      Muito obrigado pela visita ao blog e pelas palavras de elogio.

      Um grande abraço,

      Nilton

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  3. Sensacional as fotos Nilton!!Você e a Estela devem ter passado momentos maravilhosos ai nesse local lindo!!Parabéns pelos textos e pelas fotos!!Gostei muito!!Abraços!

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    1. Caro Amigo João,

      Muito obrigado por mais esta sua visita ao nosso blog e pelas palavras carinhosas acerca do post.

      Um grande abraço,

      Nilton

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